No Brasil, nenhum governo busca orientações dos mais antigos, ou mais velhos, na hora de tomarem decisões sobre o desenvolvimento das cidades. Nas antigas civilizações e até mesmo ainda hoje nos países asiáticos, as pessoas idosos que acumulam conhecimentos são aproveitadas para orientarem aqueles que tomam decisões, tanto nas empresas públicas, quanto nas empresas privadas.
No Brasil, os idosos são tratados como aquela bananeira que já deu cacho, só será aproveitado como adubo após sua morte. Quantas idéias poderiam ser aproveitadas e quantos projetos poderiam ser modificados e melhorados se ouvissem os mais experientes.
Em Uberlândia, por mais que os moradores dos bairros tentem dar opiniões sobre a administração da cidade, ninguém os ouve, muito menos os recebem em seus gabinetes, ao contrário do período eleitoral, quando os comitês de campanha eram procurados, todos estavam com as portas abertas e as promessas eram de que "se ganharmos as eleições, nosso governo estará de portas abertas para receber o povo em qualquer momento". Muda-se o período, muda-se o discurso.
Quando da construção da Avenida Rondon Pacheco sobre o Córrego São Pedro, ninguém procurou os moradores mais antigos da região para saber qual o volume de água corria ali em época de tempestade. Ninguém quis saber quantos metros de extensão as águas atingiam as margens do córrego e que dimensões teriam que ter as galerias para que as águas não corressem na superfície.
Nossa cidade, com menos de um milhão de habitantes, já sofre os mesmos problemas de cidades como Belo Horizonte e São Paulo, mas as autoridades não querem saber o que pensam seus moradores mais antigos sobre o seu futuro. Não sugerimos aquela ideia de democracia participativa onde se realizam várias reuniões nos bairros, ouvem opiniões de todos juntos e no final prevalece a ideia inicial do administrador. O que sugerimos é ouvir os mais antigos separadamente, porque eles têm ideias que podem ser aproveitadas em relação ao futuro da cidade.
Não é um diploma de curso superior que dá ao indivíduo indivíduo conhecimentos que possam ser usados nas soluções dos problemas de uma cidade, mas sua experiência de vida que o qualifica para tal. Claro, que se unirmos os dois seria muito mais rentável, a experiência e o diploma universitário. Que tal o prefeito e seus secretários pensarem nisso.
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