MARCHA DA FAMÍLIA COM "DEUS" PELA LIBERDADE.

O que vem ocorrendo hoje em nosso país, lembra muito o ano de 1964, quando os militares deram o golpe e assumiram o poder, obrigando João Goulart, então Presidente, que havia assumido o cargo de Presidente em 1961, quando da renúncia Jânio Quadros. Na renúncia de Jânio, os militares não queriam a posse de Jango, que estava em visita oficial à China. Após muitas discussões sua posse foi aceita, mas o regime deixou de ser presidencialista e passou a parlamentarista. Em pouco tempo, através de um plebiscito o povo optou pela volta do presidencialismo, o que não agradou os militares.

O tempo foi passando, as medidas para beneficiar as camadas de baixa renda foram sendo implementadas e as oligarquias ficando nervosas. Muitas empresas americanas instaladas no Brasil começarem ter prejuízos e os pobres passaram a ser reconhecidos como seres humanos e isso foi tomando vulto a cada dia, preocupando os donos de fazendas, usinas de açúcar, a Rede Globo,  enfim os grandes proprietários.

Leonel Brizola e Miguel Arraes(avô de Eduardo Campos, hoje Gov. de Pernambuco), começaram um trabalho que para os "grandes" iria levar o país ao comunismo, como aconteceu em Cuba, pois, já havia sido criado o INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária que se preparava para distribuir terras aos pobres. Isso foi a gota d'água para o desespero dos fazendeiros e usineiros de açúcar.

Usando a Igreja Católica na época, fizeram marchas em várias cidades do país com o título MARCHA DA FAMÍLIA COM DEUS PELA LIBERDADE", onde a maior parte das famílias, ricas ou pobres eram frequentadoras. Isso se espalhou pelo Brasil e no dia 30 de março de 1964 as tropas do Rio de Janeiro, São Paulo, Juiz de Fora e Porto Alegre se rebelaram e anunciaram o golpe militar, derrubando o Presidente João Goulart no dia 31 de março de 1964, assumindo o Poder e empossando como Presidente o General Castelo Branco.

O resto a gente conta depois, ao longo dos próximos dias. Esse assunto veio à tona por causa dos protestos que estamos tendo em várias cidades do Brasil e que pode ter um final semelhante, o que para nós não será nada interessante.