domingo, 29 de dezembro de 2013

CHICO MENDES, ANJO DEFENSOR DA AMAZÔNIA, ASSASSINADO POR DEFENDER O TRABALHADOR E O MEIO AMBIENTE NO PLANETA.






CHICO PREVÊ A PRÓPRIA MORTE E PEDE SEGURANÇA HÁ 25 ANOS ATRÁS.
Um dia Chico Mendes afirmou: Se descesse um enviado dos céus e me garantisse que minha morte iria fortalecer nossa luta até que valeria a pena. Mas a experiência nos ensina o contrário. Então eu quero viver. Ato público e enterro numeroso não salvarão a Amazônia. Quero viver. O governador colocou dois seguranças para acompanhar Chico Mendes, que menciona sua preocupação e denuncia a situação no Jornal do Brasil. Minha segurança ultimamente foi reforçada no Acre por decisão do governador Flaviano Melo. Ele sabe que meu assassinato vai complicar a situação do Estado. Não que a morte de seringueiro no Acre seja novidade. Mas é que nosso movimento tornou-se conhecido mundialmente. Principalmente junto às autoridades do Banco Mundial, do BID e do Congresso Americano. Ora, não se bate de frente nessas entidades. Hoje minha vida passa pelos policiais da PM. Tenho tido uma relação amigável com os meus ‘seguranças’. Eu tenho consciência de que todas as lideranças populares nesses últimos dez anos- advogados, padres, pastores, líderes sindicais - todos eles foram mortos mesmo com garantia de vida do governo. Não precisa nem citar exemplos, pois eles estão vivos na memória de todos. Tenho esperança de continuar vivo. É vivo que a gente fortalece essa luta. De parte do governo do Estado não tenho por que temer. Pelo contrário. Agora, por outro lado, eu estou diante de dois inimigos poderosos: a UDR e a Polícia Federal do Acre.(Jornal do Brasil-09/12/1988).
Apesar de seus apelos, e da segurança oferecida pelos dois policiais militares, Chico Mendes foi assassinado com um tiro de escopeta, quando estava no quintal de sua casa, no dia 22 de dezembro de 1988. Chico Mendes deixou sua esposa Ilzamar e dois filhos menores.Ao saber do crime - que ganhou repercussão internacional -, Ilzamar abraçou os filhos pequenos, então com 4 e 2 anos, e foi até o local do crime. "O choque foi grande", lembra ela, que perdeu noites de sono e emagreceu quase dez quilos nos meses seguintes. Foi com os filhos que ela encontrou forças para dar a volta por cima. "Era uma espécie de mãe e pai e não podia abandoná-los naquele momento", diz.
Mas também não deixou para trás as causas do marido, conhecido em todo o mundo como defensor dos povos da floresta amazônica. Cinco dias depois da morte, começou a erguer a Fundação Chico Mendes, de defesa do meio ambiente, que preside.
Desde a morte do marido, Ilzamar se empenhou em lutar pela punição dos assassinos. 
"Só sosseguei quando eles foram presos", diz, referindo-se a Darci e Darly Alves da Silva.

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