
Há alguns anos atrás, pessoas com mais de 50 anos já se consideravam velhas, mas mesmo naquela época já existiam os idosos não velhos. Consideramos velhas aquelas pessoas que ao atingirem certa idade já se abstêm de muita coisa, dizendo: "não tenho idade para isso". Com essa mentalidade a pessoa se nega à determinadas ações e com isso tornam-se realmente velhas.
Certo dia do ano passado, eu e a Janeska estávamos em Araxá, caminhando nos belos parques do Hotel do Barreiro, quando encontramos um amigo próximo à fonte Dona Beja. Diz a lenda que naquela fonte Dona Beja se banhava e conservava sua beleza, mesmo já tendo uma certa idade. Naquela momento eu disse ao meu amigo, que é hoje Deputado Federal, para irmos à fonte bebermos daquela água para ficarmos mais jovens e ele me disse, "não tenho mais idade para isso", o que me surpreendeu, pois ele é mais novo que eu. Como ele não quis, eu e a Janeska fomos e tomamos da água da Dona Beja, como sempre fazemos quando estamos em Araxá.

Na semana passada participei de um círculo de palestras que para muitos não teria nada a ver comigo, "GERAÇÃO DIGITAL", onde o público era formado, em sua maioria, por jovens de no máximo 30 anos e os mais velhos eram os palestrantes, sendo que de todos o mais idoso tinha 54 anos. Quando chegamos, alguns estavam meio perdidos no local, pois o evento aconteceria no centro de convenções de um dos maiores shoppings da cidade de Uberlândia e a portaria não estava aberta e todos teriam que entrar por uma porta de entrada dos funcionários. Naquele momento acompanhei dois jovens de Uberaba, um deles com 20 anos , estudante de comunicações, que a partir dali fizemos amizade e ficamos juntos durante o evento. Durante o período, em conversa, eu disse minha idade e eles não acreditaram, mas eu justifiquei que procuro me manter longe de bebida alcoólica, cigarro e outras drogas que nos envelhecem muito rapidamente.

Voltando ao tema "ser idoso sem ser velho", eu diria que todos nós podemos ter uma velhice mais confortável, mais proveitosa, desde que não nos entreguemos aos vícios e principalmente, não nos coloquemos diante da sociedade como alguém que já passou da idade e que não serve para mais nada, devendo ficar em seu lugar esperando a morte chegar. Longe disso, temos que fazer
tudo que nos for possível, principalmente procurarmos a convivência com pessoas de todas as idades, buscando informações sobre o passado, presente e futuro. Se a morte quiser nos levar, que nos leve como uma pessoa que ainda sabe o que está fazendo e o que pode fazer, ou seja, tudo, dentro de suas limitações.
Eu admiro alguns brasileiros que já passaram dos oitenta anos e continuam firmes, fazendo tudo o que tem vontade de fazer, como Silvio Santos, Fernando Henrique Cardoso, Maurício de Souza, Michel Temer e muitos outros. Uma coisa que nunca gostei foi que me chamassem de senhor, nem mesmo meus filhos me chamam assim. Acho que essa palavra também nos envelhece. Se você quer ser idoso e não velho, siga algumas receitas que nós temos para lhe oferecer, basta nos procurar.
rede.natura.net/espaco/carlosandrade
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