terça-feira, 31 de outubro de 2017

POR QUE A IGREJA BRASILEIRA PRECISA DE UMA NOVA REFORMA?



A Reforma Protestante do Século XVI foi o maior movimento na igreja cristã, depois do Pentecostes. Não foi uma inovação, mas uma volta ao cristianismo puro e simples, uma retomada da doutrina apostólica, um retorno às Escrituras. A igreja cristã havia se desviado da verdade, e introduzido doutrinas e práticas estranhas às Escrituras. O culto às imagens, a mediação dos santos, a veneração a Maria, a salvação pelas obras, o confessionário, o purgatório, as reliquias, as indulgências e a infalibilidade papal foram desvios gritantes que encontraram guarida na igreja. Urgia uma Reforma, e Deus preparou o momento e as pessoas certas para essa volta às Escrituras. No dia 31 de Outubro de 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero, fixava nas portas da igreja de Wittenberg suas noventa e cinco teses contras as indulgências, deflagrando, assim, esse decisivo movimento.
Hoje, ao olharmos o cenário religioso brasileiro constatamos que a igreja evangélica precisa de uma nova Reforma. Desviamo-nos do caminho da ortodoxia. As verdades essenciais da fé evangélica estão ausentes de muitos púlpitos chamados protestantes. Novidades forâneas às Escrituras têm sido introduzidas nas igrejas sob a conivência de uns e o silêncio de outros. A igreja protestante já não protesta mais. Somos chamados de evangélicos, mas o puro evangelho está escasseando em muitas igrejas. Temos influência política, mas falta-nos autoridade moral. Temos poder econômico, mas falta-nos poder espiritual. Temos um explosivo crescimento quantitativo, mas falta-nos o crescimento qualitativo. Precisamos de uma nova Reforma. Alistaremos a seguir três motivos que exigem uma nova Reforma já.
1. Porque o liberalismo teológico tem assaltado muitas igrejas em nossa Pátria – O mesmo liberalismo que devastou as igrejas na Europa, e na América do Norte chegou às terras brasileiras, e seu fermento maldito está presente em muitos seminários, e este veneno letal tem sido espalhado das cátedras para os púlpitos e dos púlpitos para os crentes e assim, muitas igrejas já não crêem mais na inerrância e suficiência das Escrituras. Em consequência desse colapso espiritual há algumas igrejas que defendem um concubinato espúrio entre cristianismo e evolucionismo, negando a realidade da criação, conforme registrada em Gênesis 1 e 2.
2. Porque o misticismo sincrético tem invadido muitos arraiais evangélicos –Temos visto a igreja evangélica brasileira capitular-se ao misticismo pagão. O verdadeiro evangelho está ausente de muitos púlpitos. Prega-se sobre prosperidade e não sobre salvação. Prega-se sobre curas e milagres e não sobre arrependimento e novo nascimento. O lucro substituiu a mensagem da salvação em muitas igrejas. Temos visto igrejas se transformando em empresas, o púlpito em balcão, o evangelho num produto e os crentes em consumidores. Além desse descalabro, muitas crendices têm substituído a verdade em não poucas igrejas. Esses crentes incautos têm se alimentado do farelo do sincretismo em vez de serem nutridos pelo Pão da Vida. Há crentes que olham para a Palavra de Deus como um livro mágico e consultam a Bíblia como se ela fosse um horóscopo. Há aqueles que colocam um copo d’água sobre o aparelho de televisão, enquanto o suposto homem de Deus ora, pensando que essa água “benzida” tem poder extraordinário. Essas práticas não são bíblicas e devem ser reprovadas. Urge certamente uma nova Reforma.
3. Porque muitas igrejas se acomodaram a uma ortodoxia morta – A Reforma restaurou não apenas a supremacia das Escrituras e a primazia da pregação, mas também, enfatizou a necessidade de uma vida piedosa. Não podemos separar a teologia da vida; a doutrina da prática; a ortodoxia da piedade. Não basta conhecer a verdade, precisamos ser transformados por essa verdade. Na Igreja Reformada encontramos teologia pura e vida santa.

Por Hernandes Dias Lopes


Também escreveu André Aloísio;


Coloquei abaixo algumas coisas que devemos voltar a fazer, e que podem desencadear essa Nova Reforma:

Unidade: A Igreja, mais do que nunca, deve buscar a unidade. Não digo unidade dentro de uma denominação apenas, mas unidade entre as denominações. As igrejas devem ser mais unidas, não só em espírito, como dizem, mas também em doutrinas, pois “andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?” (Am.3.3).

Estudos bíblicos nas igrejas: As igrejas devem promover mais estudos bíblicos, incentivar os membros a lerem e estudarem a Bíblia constantemente, tudo de uma forma sistemática.

Culto familiar: As igrejas devem incentivar a prática do culto familiar. Ele deve voltar a ser um elemento fundamental nas famílias cristãs, o que deixou de ser há muito tempo!

Evangelismo de casa em casa: A Igreja deve criar vergonha na cara e seguir o exemplo das Testemunhas de Jeová, pregando o evangelho de casa em casa, como faziam os apóstolos. Se queremos crescimento nas igrejas, não só em quantidade, mas principalmente em qualidade, temos que promover evangelismos todas as semanas.

Abandono das inovações: A Igreja deve tomar cuidado com as inovações promovidas por muitas denominações, e abandonar as práticas antibíblicas. Isso não significa que tudo o que é novo seja antibíblico, mas todas as inovações devem ser vistas com olhos críticos, para não termos nas igrejas coisas estranhas à Bíblia.


Irmãos, vamos juntos promover uma Nova Reforma na Igreja, um grande avivamento. Voltemos à pregação da Palavra, voltemos à mensagem da cruz. Deixemos as inovações. Deixemos o “outro evangelho” (Gl.1.8-9), que é o “evangelho da prosperidade”, e voltemos à pregação do evangelho de Cristo (Mc.16.15). Voltemos à doutrina dos apóstolos (At.2.42) e deixemos os falsos profetas com seus falsos ensinos. Vamos reformar a Igreja!


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