Na década de 1940 raramente alguém tirava uma foto, mas fui privilegiado pelo primo Maurílio, que clicou a mim junto com minha mãe, que faleceu quando eu ainda não tinha 20 anos de idade.
Tenho ótimas recordações dela e de todos os meus cinco irmãos, eu era o caçulinha, por isso pirracento e como diz minha filha Elizângela, muito mal acostumado.
Meu pai, faleceu com mais de 90 anos de idade. Homem correto, respeitado e respeitador, nunca bateu em seus filhos, mas eu como pirracento, um dia precisei que ele usasse seu cinto para me corrigir. Lembro como se fosse hoje, porém, nunca mais fiz por merecer, tenho a certeza que se os pais de hoje fossem como ele, as crianças seriam adultos bem diferentes e responsáveis.
Mas em nossa vida tudo tem o seu tempo, evoluímos de um lado e regredimos do outro, mas no final tudo se acerta. Na época dessa foto meu pai já completava 81 anos de idade.
Aqui vemos da esquerda para a direita: eu com cerca de 19 anos, meu irmão mais velho, já falecido e meu irmão acima de mim, hoje com 78 anos. Essa foto tem mais de 50 anos e foi tirada na cidade de Barra Mansa-RJ.
Quando deixei minha família em Barão do Monte Alto, fui estudar em Itaperuna-RJ, depois Barra Mansa, onde fiquei cerca de 3 anos.
Essa foto é da época em que eu estudava em Barra Mansa, fazia o Curso Técnico em Contabilidade na SABEC - que hoje é um centro universitário naquela cidade.
Posteriormente me mudei para Mogi das Cruzes-SP, onde terminei o Ensino Médio e fiz Faculdade de Direito na Universidade Brás Cubas, naquela cidade da Grande São Paulo. Ali conheci minha esposa, com quem tive 4 maravilhosos filhos. Com a recessão iniciada em 1978 as coisas começaram ficar difíceis para o trabalhador na indústria, pois, o sindicato dos metalúrgicos do ABC iniciou uma série de greves nas indústrias metalúrgicas e montadoras de automóveis, que resultou na demissão de milhares de trabalhadores, o que levou todas as indústrias do Estado de São Paulo a demitirem seus funcionários e fecharem filiais.
Com isso tentei trabalhar como Advogado Autônomo, mas a falta de experiência e a falta de dinheiro na praça, pois o povo estava desempregado, fui obrigado tentar a vida em outras regiões, como Belém-PA, Uberlândia e Aracaju, tendo me fixado definitivamente em Uberlândia, onde estou até hoje.
Aqui eu já mais maduro, na companhia de minha esposa Davina, minhas filhas Thais e Elizângela, na casa da minha cunhada Lourdes, em Mogi das Cruzes, no final do século passado.
Tudo seria bom se o tempo não passasse, de preferência nos bons momentos, porque há momentos que queremos que ele corra, para sairmos do sufoco, então é melhor deixar como está.
Aqui uma foto em momento descontraído, eu e a Davina num evento de final de ano na UFU, onde ela trabalhava. Ela gostava desses encontros e eu fazia questão de acompanhá-la, pois já caminhávamos para a idade em que o casal vai perdendo os filhos e ganhando netos, então é hora de se unir fazendo a vida caminhar com um agarrado ao outro.
Foi assim que conseguimos ficar 37 anos casados e 39 de união entre namoro, noivado e casamento. Na nossa época existia namoro, noivado e casamento e uma vida, "até que a morte os separe".
Essa, provavelmente tenha sido a última foto que tiramos juntos. Foi quando ela se formou em Serviço Social no Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia, janeiro de 2006. Ela foi uma guerreira, pois trabalhava durante o dia e à noite ia para a Faculdade, às vezes de ônibus, às vezes de carro, ou às vezes eu a levava e ficava esperando até o final da aula, pois, pela distância, não compensava voltar para casa e depois ir buscá-la.
Em fevereiro de 2006 ela nos deixou, depois de um trágico acidente dentro do Campus da UFU onde ela trabalhava.
Essa foto sou eu e nossa neta Jade, hoje com 17 anos, um amor de menina, que pouco conheceu sua vó que a amava muito. No nascimento da Jade a Vó Davina acompanhou desde o início até o momento que o médico saiu com ela para o berçário. Como profissional da área, ela não deu trégua ao médico, que era seu colega de trabalho na UFU, ajudando e criticando se fosse necessário. Ela era uma profissional admirada e respeitada por todos.
Aqui vemos minha filha mais velha, Luciana, e seus dois filhos, Mateus e Nícolas, a Elizângela com suas duas filhas quase escondidas e seu marido Éverson.
Essa família só me dá alegria. Mateus e Nícolas já estão na faculdade e a Jade no próximo ano provavelmente já estará em um dos cursos que ela escolher.
Aqui o vovô coruja com seus oito netos, agora já são nove, porque o Adam filho da Elizângela chegou no final de 2017 e já está correndo e fazendo a alegria do vovô todos os domingos.
Só a Thaís, nossa caçula optou por não ter filhos. Cada um faz a sua escolha, que devemos respeitar.
Aqui estamos nós, eu e o Carlos Jr. meu primogênito. Ele me deu quatro netos e dois bisnetos, um que já nas
está com 3 anos o Levi e a Elisa.
está com 3 anos o Levi e a Elisa.
Essa é minha família, desde meus pais, até meus bisnetos. E assim vamos formando um país de gente que trabalha e estuda, gente que faz da religião uma diretriz para alcançar o sucesso através de Deus.
Aqui estão duas fotos minhas. Do lado esquerdo tirada em 1967 na minha terra natal Barão do Monte Alto.
Do lado direito tirada em 2019 na minha cidade atual Uberlândia.
Depois de 52 anos, nada poderia ser igual, nem mesmo minha voz. Os meus cabelos mostram a diferença.
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