O Brasil de antigamente viajava sobre trilhos. Praticamente todas as cidades tinham uma estação de trem, mas muita gente queria as rodovias pavimentadas, as viagens de ônibus, e, quem podia, queria ter um carro e viajar por estradas asfaltadas. Tudo isso influenciado pelo cinema e pelo rádio, únicos meios de comunicação antes de 1970.
Naquela época era possível sair de uma cidade no interior do país e ir até o Rio de Janeiro, antiga capital federal. Muitos nordestinos vieram para São Paulo e outras cidades do Sudeste em trens, cujas viagens duravam dias, até mesmo semanas.
Com a vinda das grandes montadoras para o país, principalmente montadoras de caminhões, o foco do transporte foi para as rodovias. Muitas delas não eram pavimentadas e isso foi um prato cheio para as construtoras, como Camargo Correia, Andrade Gutierres, que até então construiam estradas em várias partes do mundo, como no Iraque, para onde muitos brasileiros foram enviados, para trazerem dólares para o Brasil. Com o incentivo à construção de rodovias no país, essas empresas voltaram e os empregos aos brasileiros eram garantidos aqui mesmo.
Com isso as ferrovias foram sendo deixadas de lado até que um dia quase todas foram fechadas e nós do inteior tivemos que nos acostumar com os ônibus, que eram mais caros e menos confortáveis, pois não nos davam liberdade de locomoção como os trens de passageiros.
Agora só nos restam alguns trens de turismo para recordarmos dos bons tempos de outrora. Talvês um dia as estradas de ferro sejam construídas novamente nos percursos onde já existiram e o povo possa usufruir dessa maravilha que é viajar de trem.
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