Neste programa, comandado por Manoel de Nóbrega, tinha um personagem que representava um mendigo. Esse mendigo se vestia muito bem, sempre com roupa social, paletó e gravata e fumando um charuto, que na época era costume de ricos. Aliás, como se vê na foto, o cigarro era o charme, principalmente entre os homens de "sucesso". O diálogo desse mendigo com o apresentador era sobre seus contatos com pessoas importantes do cenário nacional. Me lembro que ele falava muito sobre o industrial Antônio Hermírio de Moraes, dono da Votorantin e de muitas ciderúrgicas Brasil afora.
Hoje, vendo na televisão e também nas ruas, artistas e pessoas comuns usando esse tipo de moda, me lembrei do personagem da Praça da Alegria, que fazia um tipo e não o lançamento de uma moda. O interessante é que uma calça dessas, dependendo da loja e do comprador, pode custar mais de vinte mil reais, tudo porque é moda. Na verdade, a moda nasce por alguma razão e o jeans puido foi lançado ainda no seculo passado, na década de 1980 por alguns grupos de funkeiros em sinal de protesto, ou rebeldia. Nem sempre quem usa sabe as razões daquela moda, usa porque acha interessante porque outros estão usando. É como ser de esquerda, ou de direita, sempre contra o que existe no momento. É ser diferente, sem saber porque.
Hoje o que mais se vê nas rua é isso, calças rasgadas, como moda e o pobre para se sair bem terá que usar a calça integral, porque puída é moda para rico. Já houve uma época que artistas também usavam tênis rasgado. Sérgio Malandro fez muito isso em programas de televisão, mas não me lembro de ter virado moda. Tudo são tendências e tendências vão e voltam, como no caso das calças puídas que hoje dominam em meio à juventude. Quem sabe no futuro surjam as calças remendadas.
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