Como advogado e ex-gerente administrativo de várias empresas, não posso deixar de publicar essa matéria para orientar os trabalhadores(as) que me seguem no blog. É constrangedor saber que um colega de trabalho foi assediado e não tomou nenhuma atitude, por medo de perder o emprego. Acho que agir assim é falta de competência ou covardia, pois, quem é profissional de verdade não teme a perda do emprego, age em busca de seus direitos, sem temer as consequências. Desculpem se fui muito duro ao tratar o assunto, mas não aceito falta de atitudes.
"Podemos dizer que assédio moral é a agressão feita por uma determinada pessoa em relação a outra que, por ser repetitiva várias vezes, acaba por ferir o bem estar da pessoa agredida, atingindo seu bem estar físico ou psíquico. Tal situação pode ser externada através de um gesto, uma palavra ou atitude, causando vergonha e humilhação aquele que sofre o assédio.
A escritora francesa Marie-France Hirigoyen, em seu livro Assédio Moral – A violência perversa do cotidiano, define assédio de forma muito clara, dizendo: “por assédio em um local de trabalho temos que entender toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, por em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho”.
O assédio moral no trabalho, ocorre quando, em uma situação de trabalho, o funcionário é exposto às situações descritas nos parágrafos acima. Essa situação no trabalho, vem sendo abordada de forma mais adequada somente nos dias atuais, em função de toda a evolução da humanidade, porém tal situação teve início juntamente com o início do trabalho, levando-se em consideração que empregados sempre sofreram ameaças e humilhações de seus superiores.
Posto isso, em razão da grande necessidade de emprego que sempre assolou a humanidade, principalmente entre aqueles com baixa instrução, o funcionário sempre teve grande tolerância com situações de assédio moral sofridas no trabalho, calando-se para que não fosse substituído no emprego. Nos últimos tempos, com os grandes avanços da justiça trabalhista e os empregados tendo cada vez maior liberdade e menor medo para exigir seus direitos, a situação de assédio moral no trabalho foi sendo exposta juntamente com a exigibilidade dos direitos dos trabalhadores. Assim, não mais era tolerada como uma “situação de praxe do emprego”, mas sim como uma situação errada e prejudicial ao funcionário e ao ambiente de trabalho, que é o que realmente acontece".
Texto de Natália D. de Almeida.
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