Em mais de 40 anos de
atuação política na Bahia, Antônio Carlos Magalhães (ACM), que faleceu em 2007,
liderou um grupo político de influência no Estado e com grande importância no
Brasil. As atitudes de ACM, junto aos políticos que o rondaram durante este
período, receberam a denominação de Carlismo. Entre as particularidades carlistas, podem ser citadas: continuidade
da tecnocracia administrativa, clientelismo, controle dos veículos de
comunicação, conservadorismo político e modernização econômica.
Por influência do
“soutismo” (grupo político que girava em torno de Paulo Souto – DEM), ACM e o
Carlismo começaram a perder sua influência política e prestígio na Bahia. Com a
morte do político, no ano de 2007, seu grupo começa a declinar. Na tentativa de
persuadir a população e dar continuidade ao Carlismo na Bahia, mesmo sem ACM, os
carlistas optam pela adoção de um discurso em tons moderados. Eles chegaram,
até mesmo, a se aproximar de rivais históricos como os políticos do Partido dos
Trabalhadores (PT), que estavam em alta na época da morte de Antônio Carlos
Magalhães.
De acordo com matéria
publicada pelo portal do jornal Folha de São Paulo em 20 de julho de 2007, o
então senador Eduardo Suplicy (PT), afirmou sobre a ACM: “Desde 1995, em minha
convivência com o senador ACM nos trabalhos do Senado, desenvolvemos uma
relação de respeito. Foram muitas as ocasiões em que divergimos, mas em outras
concordamos, principalmente naquelas que resultaram em soluções para a melhoria
de nosso Brasil. Colaboração estreita ocorreu, por exemplo, quando da aprovação
do projeto de sua iniciativa para criação do fundo de combate à pobreza. Esse
fundo se constitui hoje na principal fonte de recursos do programa Bolsa
Família”.
Apesar da quase
extinção do Carlismo na Bahia, no ano de 2012, o deputado federal Antônio
Carlos Magalhães Neto foi o político mais votado no 1º turno das eleições para
prefeito na cidade de Salvador, capital baiana. ACM neto é o principal herdeiro
do avô e a quantidade de votos que recebeu no Estado demonstrou que o grupo
ainda tem prestígio. No segundo turno das eleições, Antônio Carlos Magalhães
Neto derrotou o candidato do PT, Nelson Pelegrino.
Sobre Antonio Carlos Magalhães (ACM)
Nascido em Salvador
no dia 4 de setembro de 1927, ACM também foi empresário e médico. Em sua
carreira política, foi governador do estado em três mandatos, dois desses por
nomeação concedida na época da Ditadura Militar. Fora isso, foi eleito senador
nos anos de 1994 e 2002. Os partidos de que Antônio Carlos Magalhães foi membro
são: UDN (União Democrática Nacional), ARENA (Aliança Renovadora Nacional), PDS
(Partido Democrático Social), PFL (Partido da Frente Liberal), DEM
(Democratas).
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