sexta-feira, 9 de agosto de 2019

A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO.

Em Lucas 15: 11 a 32, encontramos a parábola do filho pródigo, que pode ser interpretada de forma que mostre a generosidade de Deus, bem como a maldade do homem. Em algumas palestras Brasil afora, vemos que os palestrantes focam muito no irmão mais novo, quase sempre o errante e nunca no mais velho, que na verdade foi até pior que o outro.

"Um homem tinha dois filhos. O mais novo dirigiu-se a seu pai pedindo que lhe desse sua parte na herança que lhe pertenceria como filho. O pai então fez a divisão e lhe deu o que pedira. O jovem juntou suas coisas e foi embora".

Esse jovem, mudou-se para terras distantes, levando consigo muitas ideias e desejos. Gastava com noitadas junto a "amigos" e mulheres que conhecera por ser rico e não fazer conta do que era gasto nessas farras.

Com o passar do tempo seu dinheiro foi acabando e ele se viu na pobreza. Havia naquela região uma grave crise econômica e muita gente já passava fome, por não ter trabalho. O jovem então descobriu que em uma fazenda distante precisavam de alguém para cuidar dos porcos e como ele veio do meio rural, conseguiu o emprego. Ali chegando, começou seu trabalho de tratador de porcos, porém, ele nada recebia para comer durante o dia. Com fome e vendo os porcos comerem o dia todo, ele teve vontade de comer a comida dos porcos, pois, seria melhor do que morrer de fome.

Refletindo sobre sua vida, caiu em si sobre a besteira que fizera quando abandonou seu pai e saiu de casa para uma aventura. Lá os empregados recebiam para trabalharem, tinham fartas refeições e eram bem tratados. Então elaborou um plano para voltar. Chegaria em casa, se seu pai o recebesse, ele iria dizer; " Pai, eu pequei contra o céu e contra ti, então me aceite como seu empregado, pois, não sou digno de ser chamado de seu filho".

Mas a falta de experiência do jovem lhe impedia de conhecer os pensamentos e sentimentos de um pai. O pai sempre perdoa, continua de braços abertos para receber o filho de volta, por pior que ele seja, ou quão ruim tenham sido seus atos ao abandonar a família.

Aquele pai já o esperava quando ele apontou lá no pé da serra onde ficava a fazenda que ele abandonou. O pai o abraçou sem mesmo lhe dar tempo para aquele discurso que ele havia preparado, gritando aos empregados, "Depressa tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés. Tragam um novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar, pois esse meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi encontrado". E a festa começou.

Entretanto, o filho mais velho que estava trabalhando na roça, ao retornar viu aquela movimentação e perguntou ao empregado, o que estava acontecendo e o empregado lhe disse que seu irmão havia voltado. Ele então, cheio de ira e ciúmes se recusou entrar em casa e participar da festa.

Seu pai sabendo disso veio conversar com ele e explicar que seu irmão se deu mal lá fora, perdeu tudo e retornou para pedir perdão e se colocar, não como filho, mas como um humilde  empregado da fazenda.

O irmão mais velho não aceitou os argumentos do pai e lhe respondeu; "Pai, todos esses anos eu trabalhei para o senhor, nunca desobedeci suas ordens, o senhor nunca me deu nem um cabrito para eu festejar com meus amigos, mas agora esse cara, que lhe abandonou e gastou toda sua herança com mulherada, bebidas e drogas, volta e o senhor faz uma festa para ele, não, isso eu não vou aceitar".

O pai, como todos os pais lhe respondeu. "Meu filho, você está sempre comigo e tudo o que tenho é seu, mas nós tínhamos que comemorar e alegrar-nos, pois este seu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado". Mas aquele filho egoísta não quis saber e se afastou da festa.

REFLEXÃO.
Vivemos hoje situações muito parecidas, mas que envolvem principalmente adolescentes e jovens que se perdem no mundo das drogas. Todos começam em festinhas de amigos de escola, onde geralmente aparece o traficante para aliciar os menos experientes. Depois de usar uma vez só para "experimentar", o vício já se instala. A partir daí tudo se faz para manter o vício, até começar fazer entregas para conseguir a dose do dia. Depois vai pegando gosto pela coisa e passa dar saltos maiores, sendo incentivado pelos mais experientes a participar do grupo e, quem sabe, ganhar muito dinheiro, chegar talvez a um Pablo Escobar e viver em mansões, viajar para o exterior, ter avião, etc.

Porém, seus sonhos se acabam quando a polícia o monitora e de repente, ao buscar uma encomenda ele é pego e levado para o presídio. O pai, geralmente nesse caso a mãe, se desespera, quer ir buscar o filho na cadeia, mas não pode, é a lei, tem que ficar lá e ser julgado pelo crime de "tráfico de drogas".

Busca-se advogados, gasta-se até o que não tem, mas o "moleque" é condenado. Aí a mãe passa a ser uma dependente de filho preso, estando ali a cada 15 dias para abraçá-lo, lhe dar carinho, levar-lhe esperança para quando ele sair e voltar para casa.

O tempo vai passando e aqui fora a mãe, ou pai, prepara tudo para o dia em que ele sair. Primeiro apenas uns dias, depois durante a semana para trabalhar e apenas dormir na prisão. A mãe, pai, já está radiante com o que o filho conseguiu. Agora só falta mais um pouco para ele sair definitivamente.

Mas o que ela não observa são as atitudes egoísticas do irmão mais velho, às vezes os irmãos mais velhos, que não aceitam o tratamento ao filho "errante", porque eles nunca lhe deram tamanho desgosto e ela "nunca" fez nada em benefício deles. Esquecem até mesmo do último presente de Natal, ou aniversário.

Às vezes muitos jovens que praticam atos impensados em função do vício, voltam a repeti-los por não terem apoio da família e da sociedade. Ele se considera irrecuperável, aí volta para o lado errado porque ali que ele se considera igual aos outros.

Minha opinião pessoal: filho você tem que dar amor com responsabilidade. Desde cedo mostrar a ele que no mundo existem regras para serem seguidas e leis para serem respeitadas, mas se ele errou, você tem que trabalhar para mostrar-lhe o caminho certo, sempre o deixando caminhar com as próprias pernas, nunca o carregue no colo, porque ele se sentirá um deficiente e jamais será alguém na vida. A família é sustentáculo da sociedade, enquanto a família existir e caminhar unida o mundo será aquilo que Deus planejou. Não seja egoísta, não critique seu semelhante sem conhecimento de causa.
Aceito comentários e críticas, porque só assim posso melhorar como pessoa .

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